SOB A TUA SERENIDADE...
Não me ouvirás... É vão... Tudo se espalha
pelos ermos de azul... E permaneces
sobre o vale das súplicas e preces
com solenes grandezas de muralha...
Minha alma, sem Te ouvir nem ver, trabalha
tranqüila. Solidão... Desinteresses...
Por que pedir? De tudo que me desses
nada servira a esta existência falha...
Nada servira, agora... E, noutra vida,
oh! noutra vida eu sei que terei tudo
que há na paragem bem-aventurada...
Tudo, — porque eu nasci desiludida,
e sofri, de olhos mansos, lábio mudo,
não tendo nada e não pedindo nada...
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