escarpins...


Amores são como sapatos: os melhores são os que machucam. Quanto mais nas alturas eles nos elevam, mais duro é voltar a ter os pés no chão quando a festa termina.
Não é bem assim.
De que adianta viver rodeada de escarpins salto 15 se eles não foram feitos para dançar a noite inteira? 
E a história se repete... 
Sapatos (e amores), também precisam ser do número certo. Os maiores são frouxos, sobra muito espaço vazio, abandonam os pés e se fazem perder pelo caminho. 
Os menores apertam, sufocam, fazem sangrar e causam feridas pela falta de liberdade. 
De ambos os jeitos, exigem cuidado demais a cada passo para evitar tropeços no primeiro paralelepípedo. Dificultam a caminhada. Tornam impossível pegar a estrada e seguir adiante.
Não adianta se contentar com o “quase serviu”. 
Sapatos, assim como amores, não mudam seu jeito de ser só porque nos apaixonamos por eles.
Sapatos (e amores) precisam ser confortáveis, companheiros para enfrentar a caminhada juntos. Precisam nos encorajar a trilhar um caminho leve, sem dor. 
Alguns se desgastam com o tempo, outros cedem e se rompem. 
Tudo bem. Aquele sapato (ou seria amor?) simplesmente não serve mais.
A busca hoje é esta. 
Por sapatos e amores que não machuquem e que nos levem cada vez mais longe.

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