Sionismo
A palavra "sionismo" não se encontra na Bíblia. Ela foi usada,
pela primeira vez, pelo escritor judeu Nathan Birnbaum no ano de 1890 em uma
revista hebraica. Apesar disso, o sionismo tem forte base bíblica. Ele é o
retorno do povo judeu a Sião cumprindo o propósito divino:
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"Assim diz o Senhor Deus: Hei de ajuntá-los no
meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e lhes
darei a terra de Israel" (Ez 11.17).
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"...vos levarei a Sião" (Jr 3.14).
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"Os resgatados do Senhor voltarão e virão a
Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e
alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido" (Is 35.10).
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"...e habitarão na sua terra" (Jr 23.8).
Deus é, portanto, o verdadeiro motivador do sionismo (bíblico). E
Theodor Herzl foi Seu "profeta" na virada do século passado e
contribuiu decisivamente para a realização do sionismo. Pois, o sionismo é a
volta prometida e desejada por Deus do povo judeu para Sião.
Onde ou o que é Sião?
Segundo a Bíblia, Sião é primeiramente um monte. Ele se
encontra em Jerusalém e é o monte do templo. Nele Deus habita (Is 8.18; 18.7).
Desde então, o monte é o "axis mundi", o eixo, o centro mais sagrado
do mundo.
Em um sentido mais amplo, Sião também é Jerusalém. Deus
fundou a cidade como refúgio e pátria para Seu povo escolhido (Is 14.32). Desde
então, Seu povo Israel habita ali (Is 10.24; 18.7). Jerusalém é também a cidade
do culto a Deus em Israel (Is 33.20a). Nos tempos finais, os exércitos das
poderosas nações mundiais vão lutar contra Sião (Is 29.8). Mas o Messias de
Deus será o vitorioso e estabelecerá Sua residência em Sião (Is 24.23). Afinal,
de Sião sairão a paz, a sabedoria, a justiça e os ensinamentos divinos para
toda a humanidade (Is 2.3).
Além disso, Sião também é toda a terra de Israel entre o
Mediterrâneo e o Jordão. É a terra de Deus, o visionário centro do povo
judeu, o santo ponto de partida e de chegada de todos os caminhos de Deus pelos
quais Ele dirige Seu povo e todos os demais povos da terra.
O amor a Sião se torna movimento de libertação
Desde sempre o sionismo legítimo se expressa em amor a Sião. Esse amor é demonstrado no
anseio em voltar para a Terra Prometida. Ele é comparável com a espera por
Cristo que está voltando. Ambos exprimem confiança e fé nas promessas de Deus.
Seu alvo comum é a salvação plena.
O sionismo sempre encontrou sua forma visível nos movimentos de
libertação nacional do povo judeu. Quando os judeus, há 2.500 anos, foram
expulsos de sua terra pela primeira vez, e choraram às margens dos rios da
Babilônia e, em oração e na prática, buscaram caminhos e meios de voltarem para
sua pátria, começou o movimento sionista.
O hino desses primeiros sionistas está gravado no Salmo 137.1-6: "Às margens dos rios da Babilônia, nós nos
assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia,
pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam
canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos
algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do Senhor
em terra estranha? Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a
minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti,
se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria."
O sionismo não está morto
"Assim diz o Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel:
Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos."
E esse sionismo continua. Pois ele é parte integrante e muito especial
do plano divino no final dos tempos e de toda a história da salvação. Muitas
pessoas, inclusive cristãs, afirmam que o sionismo está morto. Dizem que as
promessas de Deus abrangem também uma terra (biblicamente, "montes de
Israel") que pertence aos palestinos. Mas o firme propósito de Deus
continua de pé e é muito explícito em relação à continuidade do sionismo: "Assim
diz o Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei
outros aos que já se acham reunidos" (Is 56.8). Isso significa
que os judeus que ainda se encontram espalhados pelos países do mundo também
voltarão a Israel.